- 02/05/2017
- Posted by: masavio
- Category: Notícias
Umas das maiores dificuldades encontradas em investigações é o monitoramento de conversas de suspeitos feitas por aplicativos de celular como WhatsApp e Telegram. Quem conta o membro do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Presidente Prudente (SP) Lincoln Gakiya, que falou na última semana no Plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília.
“Não temos hoje um sistema que intercepte essas mensagens. Uma solução que eu enxergo seria a introdução nos celulares de integrantes das facções, obviamente com autorização judicial, de um vírus que permitisse nosso acesso às informações trocadas entre eles”, falou o membro do Gaeco.
Quando falou sobre sugestões de combate ao PCC, Gakiya definiu o que entende ser a atividade de inteligência criminal: obtenção de conhecimento na área de Segurança Pública que possibilite a tomada de decisões quanto à prevenção ou repressão criminal. Para ele, esta atividade envolve prever tendências (identificar os próximos desdobramentos do crime), reconhecer as lideranças e os seus elementos-chave, monitorar a movimentação cotidiana da organização criminosa para entender sua rotina, e identificar os pontos fracos e informantes em potencial.
O membro do Gaeco fez ainda uma lista das principais dificuldades encontradas nas investigações.
Veja quais são:
- Número elevado de investigados e sensibilidade dos alvos
- Compartimento de funções e troca diária de telefones celulares pelos alvos, gerando grande número de interceptações
- Investigação de longo prazo, indispensável para o conhecimento de todos os setores da organização, com especificação de cada função e logística empregada na empresa criminosa
- Incompreensão do tema pelo Poder Judiciário
- Dificuldades em cortar o fluxo financeiro da organização, haja vista que os recursos arrecadados não circulam em contas bancárias e sim em espécie, guardados em cofres de difícil localização.
Fonte: Conjur.com.br